“Monk in Pieces” nos cinemas: fascinante documentário musical sobre Meredith Monk

Compositora, cantora, coreógrafa, cineasta e performer — a multitalentosa Meredith Monk é considerada uma lenda do teatro multimídia e da arte de vanguarda. Há mais de 50 anos, ela mora em seu famoso loft no bairro de Tribeca, em Nova York, onde trabalha, organiza workshops e se apresenta — um polo criativo explosivo para a vibrante cena nova-iorquina.

No documentário musical "Monk in Pieces", Billy Shebar e David C. Roberts pintam um retrato fascinante e comovente dessa artista excepcional e idiossincrática, que era alvo de piadas na infância por seus olhos vesgos. Mais tarde, ela descobriu sua voz de três oitavas como uma linguagem universal, criando "Juice" em 1969, a primeira peça encenada na Rotunda Guggenheim com 85 intérpretes, e a ópera "Atlas" em Houston em 1991.

Monk ignorou as críticas sexistas e o menosprezo que sofreu até a década de 1980. Ela superou toda a hostilidade com uma obra admirada mundialmente, influenciando até grandes nomes como Yoko Ono e Björk.

Para o filme, ela abriu seu arquivo. A partir de fotos, notas e diários, relatos de companheiros e testemunhas contemporâneas, emergiu um mosaico colorido de sons e imagens que reflete a estrutura de sua obra e desperta a curiosidade sobre Monk, agora com 82 anos, que fala sobre sua vida, suas lutas e sucessos, o luto pela morte de seu parceiro, a dor como motivação criativa – e que receberá o Leão de Ouro pelo conjunto da obra na Bienal de Música de Veneza, em outubro.

“Monk in Pieces”, nos cinemas a partir de 21 de agosto, dirigido por Billy Shebar e David C. Roberts, 94 minutos, FSK 6.